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Equipe zeroeumdigital.com

Dia de Monteiro Lobato



Monteiro Lobato é um autor muito reconhecido pelo trabalho na literatura infantil. Entre as obras de maior sucesso do escritor brasileiro estão: “O Picapau Amarelo”, “Reinações de Narizinho” e “Caçadas de Pedrinho”.

O "Sítio do Pica Pau Amarelo", cenário para as aventuras de Pedrinho, Narizinho e Emília, deu nome ao programa televisivo que adaptou obras do autor.

Apesar de ser lembrado pela atuação na literatura infantil, Lobato escreveu também sobre petróleo e ferro em obras de cunho nacionalista. Além disso, trabalhou como editor, favorecendo a publicação de livros de escritores novos, ainda desconhecidos no mercado.

Foi Monteiro Lobato que resolveu colocar capas coloridas e atrativas nos livros, tinha como objetivo melhorar as vendas.

 

Estilo

Estilo de escrita simples, misturando elementos de realidade e fantasia, muito presente nas suas obras infantis. O autor dava importância à cultura nacional em seus textos e inovou ao colocar ensinamentos de disciplinas como geografia, matemática e história nos seus livros.

Em seus escritos nacionalistas, Lobato não buscava agradar, dizia o que pensava independentemente da ocasião. Percebe-se, inclusive, uma cerca ironia nas palavras do autor, apesar da linguagem clara e objetiva.

 

Biografia


Nascido em Taubaté, São Paulo, Monteiro Lobato desenvolveu desde cedo o amor pela literatura. Foi batizado José Renato, mas mudou o nome para José Bento Renato quando ganhou uma bengala com as iniciais J.B.M.L., que fora do pai.

Com apenas sete anos, começou a ler os livros da biblioteca do avô, o Visconde de Tremembé, e escreveu para as publicações das escolas, que passou a frequentar com a mesma idade. Antes disso, foi a mãe que alfabetizou o menino em casa.

O escritor perdeu o pai em 1898 e a mãe no ano seguinte.

Trabalhou como desenhista e caricaturista, pois tinha talento para as artes. Tinha vontade, inclusive, de cursar a Escola de Belas-Artes, mas acabou fazendo Direito na Faculdade do Largo de São Francisco para agradar o avô, formando-se em 1904. Na faculdade, começou com os amigos a “Arcádia Acadêmica”, dois anos depois da fundação, foi eleito presidente da associação.

Formado em direto, chegou a trabalhar como promotor público. Enquanto trabalhava na promotoria, conheceu a mulher que viria a ser sua esposa, Maria Pureza da Natividade de Souza e Castro. Casou-se com ela em 1908, época em que atuava como promotor em Areias, São Paulo. Com a morte do avô, em 1911, Lobato ganha a Fazenda Buquira como herança e vai viver no campo com a família. A nova ocupação permitiu uma dedicação às letras. Foi nessa época que Lobato publicou os primeiros textos, lançou uma coletânea dos melhores em Urupês.

No livro, o público foi apresentado ao personagem Jeca Tatu, um dos mais importantes da obra do escritor. Jeca representava o atraso da vida no campo e causou polêmica na época.

Trabalhando em diferentes negócios no interior, Lobato não abandonou o mundo das letras. Os textos publicados nos pequenos jornais “Pátria”, “H2S” e “O Guarany” foram assinados por Josben e Nhô Dito, dois pseudônimos escolhidos por Lobato.

Colaborou também com a revista “Fon-Fon”, com a “Gazeta de Notícias” e com “A Tribuna”. Mas a vida de fazendeiro não agradava o escritor, que decidiu investir na exploração comercial do Viaduto do Chá, tendo como sócio Ricardo Gonçalves.

Os problemas financeiros obrigaram Monteiro Lobato a vender a fazenda. Em 1916, o escritor foi para São Paulo. Na capital, deu início à revista “Paraíba” e trabalhou para “O Estado de São Paulo”. No periódico “Onze de Agosto”, publicou textos sobre o teatro.

Além de ser escritor, Monteiro atuou como editor. Na função, promoveu e divulgou novos autores. Passou a investir em deixar o livro mais interessante para o consumidor, colocando capas em cores. Além do investimento em produção gráfica, Lobato inovou na distribuição dos livros.

O editor fundou a Companhia Editora Nacional, antes denominada Monteiro Lobato & Cia. Obtendo grande sucesso, Lobato investiu na ampliação do parque gráfico e comprou máquinas no exterior.

Viveu um momento de crise, por motivos políticos, mas logo retomou os negócios.

Nacionalista, o autor criticava a arte que vinha da Europa. Foi contra, inclusive, uma exposição da modernista Anita Malfatti por acreditar que se tratava de um movimento de origem européia. Para Lobato, a arte deveria ser produzida e criada no Brasil.

Em 1921, o escritor distribuiu “A Menina de Narizinho Arrebitado” para escolas. A história infantil fez sucesso e Lobato continuou a produção. O livro chegou a virar radionovela na Rádio Globo.

Defendia que o governo brasileiro precisava investir em ferro, petróleo e nas estradas. Na busca pelo petróleo, o escritor criou empresas para perfurar e encontrar o óleo em território nacional.

Teve que lutar contra o interesse de grandes empresas e do governo. Em “O Escândalo do Petróleo”, acusou o governo de não explorar o petróleo e não permitir a perfuração. Sofreu censura no governo de Getúlio Vargas e chegou a ser preso durante o Estado Novo.

 

Principais Obras

  • Caçadas de Pedrinho

  • O Picapau Amarelo

  • Reinações de Narizinho

  • Urupês

 
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